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sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

BOTAFOGO F. R. – O SUPERCAMPEÃO DE 1957

22 de dezembro de 1957 - BOTAFOGO 6X2 FLUMINENSE - Botafogo se sagra supercampeão carioca de futebol.


A história que segue abaixo, traz a narrativa, com imagens gloriosas, de uma das maiores conquistas da história do futebol brasileiro: o supercampeonato de 1957, o título que se tornou o ponto de partida para a reformulação do futebol brasileiro, e que mudou a forma de se jogar futebol no mundo. A mídia jamais toca no assunto mas o NOSSO BLOG está aqui mesmo para mostrar como o Botafogo revolucionou o futebol. As imagens dos gols estão na seção "História", e são as mais antigas de uma conquista de clube brasileiro registradas em filme. O segundo gol, o quinto e o sexto, também são mostrados neste texto, em vídeo. Trata-se, repito, do primeiro registro filmado de uma grande conquista no futebol brasileiro.


Botafogo 6x2 Fluminense

EXTRAÍDO DO SITE ‘CANAL BOTAFOGO’

Botafogo e Fluminense decidiram o título carioca de 1957 sob o excesso de confiança do diretor de futebol do Fluminense, que, na véspera do jogo, declarou que o Fluminense já era campeão e que o Botafogo esperasse outra oportunidade.

O técnico do Fluminense tratara de aperfeiçoar o esquema defensivo e escalar o meio-campo com Jair Santana, Róbson e Jair Francisco, trio que teria de contar com a ajuda de Telê. Mas o técnico João Saldanha tinha ideias diferentes: confiou a Quarentinha a marcação cerrada e permanente de Telê, o jogador-chave do adversário, visando dominar o meio-campo e chegar na cara do Castilho, o goleiro das Laranjeiras.

No dia 22 de Dezembro de 1957, o árbitro Alberto da Gama Malcher deu início ao jogo com mais de 90.000 torcedores no Maracanã. E aos 3 minutos de jogo, a cruzamento de Didi, Paulo Valentim inaugurou as redes de Castilho: Botafogo 1x0.


"Aberta como uma lata, a defesa do Fluminense vergava-se a Garrincha"

Carlito Rocha dissera que Jesus Cristo lhe aparecera a anunciar a vitória do Botafogo, mas quem se apresentou em campo foi um demônio com o número 7 às costas. A cada bola recebida de Didi, Garrincha passava fulgurante pelo seu marcador Altair, e quando o zagueiro Clóvis saía da área para o combater também era inevitavelmente driblado. Aberta como uma lata, a defesa do Fluminense vergava-se a Garrincha, que cruzava para os remates, as cabeçadas e as bicicletas de Paulo Valentim. Alguns gols do centroavante foram verdadeiramente espíritas, porque até as bolas que chutava mal entravam na baliza de Castillo, incluindo uma com o joelho

Aplicando a tática de João Saldanha, os jogadores não davam espaço para o Fluminense criar fosse o que fosse. A defesa tricolor descontrola-se: Pinheiro, atraído pelo deslocamento de Paulo Valentim para a ponta esquerda, deixa a área livre; Clóvis está desorientado e não sabe se deve dar cobertura a Pinheiro ou ao lateral Altair, que leva um verdadeiro baile de Garrincha.

A certa altura Garrincha dribla Altair, cruza da linha de fundo, a bola passa por Édson e Castilho, mas Paulo Valentim entra pela meia-esquerda e toca de joelho para o gol vazio, aos 35 minutos: Botafogo 2x0.

O vídeo do segundo gol

"De costas para Castilho, o centroavante Paulo Valentim acerta em cheio uma bicicleta e a bola entra no ângulo direito do goleiro: Botafogo 3x0"


Sete minutos depois é Nílton Santos quem avança como ponta-esquerda e cruza alto sobre a área. De costas para Castilho, o centroavante Paulo Valentim acerta em cheio uma bicicleta e a bola entra no ângulo direito do goleiro: Botafogo 3x0. A torcida botafoguense vai ao delírio e o cenário do colorido Fluminense era o preto, o branco e o cinza de pesadelo.


"A 12 minutos do segundo tempo, Garrincha passa por Pinheiro e Clóvis, entra na grande área e chuta cruzado para fazer Botafogo 5x1".


No início do segundo tempo, Escurinho faz uma jogada individual pelo meio, aproveita uma rebatida de Adalberto e toca de cabeça para fazer 3x1. Mas para o Botafogo isso era completamente indiferente: três minutos depois Paulo Valentim dá dois dribles em Pinheiro dentro da área deixando o zagueiro sentado e o artilheiro da tarde fixa um novo placar: Botafogo 4x1.

O vídeo do quinto gol

Aos 12 minutos Garrincha passa por Pinheiro e Clóvis (vídeo acima), entra na grande área, chuta cruzado no canto direito de Castilho e faz Botafogo 5x1. Mas a torcida pede mais gols, e aos 23 minutos Garrincha investe novamente pela ponta direita, Altair fica novamente batido, tal como Clóvis, e toca para Paulo Valentim que, diante de Castilho, aumenta o marcador: Botafogo 6x1.
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"E a torcida alvinegra cantava no estádio: 'Foi seis a dois, no pó de arroz'..."
Foto histórica do 6º gol, marcado por Paulo Valentim

Emocionados, os jogadores do Botafogo vibram, comemoram o título esperado há nove anos. Perto do final Valdo desconta para 6x2, mas os botafoguenses até disso se aproveitam para fazer rima: “Foi 6x2… no pó-de-arroz”.

João Saldanha é carregado aos ombros da torcida; Paulo Valentim, desmaiado, sai carregado. O Maracanã é uma festa da torcida botafoguense, reforçada pelas torcidas do América, do Flamengo e do Vasco da Gama, que não suportavam a arrogância tricolor.


Um registro histórico: a lendária imagem do sexto gol. A foto ficou imortalizada como marca daquela conquista.


DO BLOG - Paulo Valentim foi o autor de 5 dos 6 gols da partida.

Nas notícias de cinquenta e quatro anos atrás, uma amostra de como os jogadores botafoguenses eram tratados como ‘artistas’, ‘estrelas’ e ‘galáxicos’, aqui e ao redor do mundo.


Em 8 de dezembro de 1942 houve a fusão entre os dois Botafogos, o Botafogo Football Club e o Club de Regatas Botafogo, dois clubes que estavam localizados no mesmo bairro, possuíam as mesmas cores, muitos sócios e torcedores em comum e a mesma existência vitoriosa. Nascia o Botafogo de Futebol e Regatas, que já trazia das conquistas do antigo clube de futebol a denominação de O GLORIOSO.

O Botafogo conquistou, em seus mais de cem anos de existência, mais de mil títulos em vinte modalidades esportivas em nível municipal, estadual, nacional, sul-americano, pan-americano, olímpico e mundial. Seus maiores ídolos no futebol foram os inigualáveis Nílton Santos e Garrincha, dois dos maiores jogadores do século XX.

É incomparável sua contribuição à Seleção Brasileira, bastando recordar Didi, Amarildo, Zagallo, Jairzinho, Roberto Miranda, Paulo Cézar Lima, além de Lídio Toledo (médico), Paulo Amaral, Admildo Chirol (ambos preparadores físicos) e Rogério (ponta-direita que passou a olheiro devido à sua contusão). A conquista dos campeonatos mundiais de 1958, 62 e 70 deve-se fundamentalmente ao Glorioso. O Botafogo é o clube que mais forneceu jogadores para a Seleção Brasileira em Copas do Mundo em todos os tempos.


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